Uma das mais importantes questões sobre as investigações internas é o que fazer com os resultados.
Talvez uma das mais presentes características dos brasileiros seja a de não sermos um povo consequencialista, isto é, a de que temos a tendência de “passar a mão” na cabeça daqueles que fazem algo errado, deixando de lhes aplicar a sanção pelo seu comportamento.
Uma das questões menos estudadas em compliance é a da tensão entre o responsável pela conformidade e a área comercial em uma empresa.
Quem já não assistiu um filme em que um agente do FBI vai a um local de crime e só de observar a cena já tem claro o perfil do criminoso? Seria ótimo se tudo fosse tão fácil como nos filmes, mas isso não quer.
Um dos aspectos mais interessantes e menos estudados nas ciências comportamentais é o do comportamento de evasão ou evitamento de culpa, “Blame Avoidance Behavior” ou BAB.
Um bom programa de integridade é hoje essencial para uma empresa que pretenda ser moderna e queira ter acesso a mercados consumidores mais sofisticados, tanto no Brasil quanto no exterior.
O levantamento dos riscos de um negócio envolve um trabalho muito específico, construído de modo muito cuidadoso da análise da empresa, de seus stakeholders, do mercado onde atua, de sua localização geográfica, dos seus métodos de trabalho, dos seus produtos e consumidores, dentre tantos outros.
Fazer o certo não é fazer o fácil.
Compliance não será jamais um campo exclusivo de atuação dos advogados.
os primeiros passos da alta direção de uma empresa quando se descobre em meio a uma possível – ou em andamento – crise reputacional devem ser na determinação de investigar os fatos e na criação de uma equipe para encaminhar a melhor solução do problema.